quinta-feira, 5 de maio de 2016

Seleção natural e adaptação

Durante o processo é evolução, a seleção natural atua sobre a variabilidade existente nas populações, favorecendo os indivíduos que, em relação ao restante da popular, apresentam características hereditárias mais vantajosas num ambiente. Esses indivíduos têm mais chances de sobreviver e de se reproduzir com sucesso, deixando um número maior de descendentes ao longo das gerações. Isso significa que são selecionados os organismos mais adaptados ao contexto ecológico em que vivem.
Exemplos clássicos de adaptação são a coloração de aviso, a camuflagem e o mimetismo.
Exemplo de mimetismo.
Coruja camuflada.
Rã com coloração de aviso.
  • Coloração de aviso: funciona como uma advertência ao predador, um sinal de que ele deve evitar aquele animal, que pode ser venenoso ou ter sabor muito desagradável. Dessa maneira, os predadores aprendem, por experiência, a evitar presas que exibam coloração de aviso;
  • Camuflagem: adaptação pela qual o animal apresenta uma coloração ou forma que o confunda com o seu ambiente. Presas camufladas podem passar despercebidas por seus predadores. Estes também podem se confundir com o meio, não sendo notados por suas presas, o que facilita sua aproximação;
  • Mimetismo: adaptação pela qual uma espécie se assemelha a outra. Em exemplo bem conhecido é o da borboleta vice-rei, se sabor agradável aos pássaros, que apresenta coloração semelhante à da borboleta-monarca, sujo o corpo contém substâncias tóxicas. As aves que aprendem a evitar a borboleta-monarca evitam também a vice-rei. Esse tipo de mimetismo é conhecido como mimetismo batesiano, em homenagem ao naturalista inglês Henry W. Bates, que descreveu o fenômeno no século XIX, ao observar borboletas em florestas brasileira. Outro tipo de mimetismo é o mimetismo mulleriano, que foi proposto pelo naturalista alemão Fritz Müller (1822-1887), que viveu no Brasil e manteve correspondência com Darwin. Ele descreveu o mimetismo pelo qual um grupo de espécies de sabor desagradável apresenta um padrão de coloração semelhante. Dessa forma, o predador que reconhece esse padrão passa a evitar diversas espécies.

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